I see the earth and the sky!
In your eyes,
I see myself and
I reach the heights!
Le ciel n´a pas de limites et dans tes yeux, je vois l´Infini de mon Être!
The sky has no limit and in yours eyes, i see the Infinity of my Being!
O céu não tem limites e nos teus olhos, vejo o Infinito do meu Ser!
Relato de um encontro de almas gémeas a uma vidente.
«Marina”, ela me disse, “a gente se cruzou por puro acaso”. Sorriu e continuou: “por mais difícil que possa parecer, ao olhar para ele, foi como se meus olhos entrassem nos dele. O que eu vi? Justamente eu mesma ali na frente dele, olhando para ele. Foi um segundo que demorou muito, tudo ficou congelado, como se o tempo não quisesse passar”.
Almas gêmeas, marcadas por uma atração forte, de idas e vindas, separações e retornos, ciclos, voltas espirituais. Ela, como fora de seu corpo, viu-se a si mesma nos olhos dele, olhando justamente para ela que, já apaixonada, olhava para ele embevecida. Ou seria mais apropriado (e espero não embananar o querido leitor!) dizer olhando para ela mesma. Magicamente olhando para o que dela havia nele, celebrando aquele instante de eternidade em que reencontrando com ele, ela, magicamente, reencontrava mais verdadeiramente ainda consigo mesma.
Quando, com algum trabalho e malabarismo, desfiz no pensamento o laço de sentido dessa cena que minha querida amiga contava, apreensiva, sem fôlego, perguntei preocupada: “E ele? O que aconteceu? Como foi a reação dele?” Tinha medo da resposta, as ordenações do carma podiam impedir, como às vezes acontece, que o enlace fosse pleno, completo.
“Ele ficou um tempinho a mais do que eu no mundo da lua. O sininho do elevador indicou o andar. O barulhinho me trouxe para a realidade, minha ficha caiu. Ele ainda estava atônito, olhando para mim, paralisado. Coloquei a mão para segurar a porta e perguntei se ele não descia também naquele andar”. Ao ouvi-la, minha clarividência foi inundada imediatamente pela visão de metros e metros de tecido branco. Ela estava coberta por seda, cetim, panos macios.
Soltei um suspiro de alívio e disse: “já sei”. Ela me interrompeu: “Não precisa dizer nada. Sei que você sabe. Eu também sei. Quando ele ouviu minha voz, deixou cair a chave que trazia nas mãos. Foi esse segundo barulho, parecido com aquele primeiro sininho do elevador, que o aprumou. Abaixou, pegou a chave, ergueu-se e me perguntou se eu também trabalhava naquele andar”.
Sim, trabalhavam ambos ali, pertinho um do outro, já há mais de ano e meio. Almas e corpos convivendo em relativa proximidade, mas ainda separados. Nunca tinham se visto antes desse encontro. Quando o Universo conspira a favor é assim, vale elevador ou escada, porta ou portão, rua ou esquina.
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